Hotéis são muito mais do que simples acomodações em um destino. Muitas vezes, eles se tornam o principal propósito da viagem. Eles têm o poder de transformar a jornada, tornando-a mais prazerosa, aconchegante e memorável.
Por isso, não são apenas meus destinos desejo pelo mundo que merecem uma lista para 2025. Neste ano, compartilho abaixo uma seleção de 10 hotéis ao redor do globo que despertam minha curiosidade e intensificam ainda mais a vontade de desbravar novos horizontes.
São propriedades remotas, localizadas nos cantos mais recônditos do planeta, e outras que, embora mais próximas de grandes centros urbanos como Londres e Madri, transmitem a mesma sensação de exclusividade. Minha seleção reúne hotéis entre os melhores do mundo, reconhecidos pelo serviço impecável, pela localização privilegiada, pela fusão de arte e gastronomia, e pela imersão em paisagens naturais deslumbrantes.
Da Arábia Saudita ao México, passando pelo Peru e chegando a Fiji, confira onde quero me hospedar em 2025. Quem sabe essas escolhas não te inspirem para suas próximas férias?
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Kisawa Sanctuary (Moçambique)
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Imagine um resort de apenas oito acomodações esparramado em uma ilha deserta onde a natureza intocada se encontra com a azul do Oceano Índico. É assim no Kisawa Sanctuary, que me fascina por estar a 14 quilômetros da costa de Moçambique. O “santuário” carrega um apelo de isolamento e possibilita a imersão no que podemos chamar de pedaço do paraíso.
Vizinho a um parque nacional marinho, com um ecossistema riquíssimo, o hotel fica em meio a 300 hectares de paisagens naturais e é rodeado por dunas, praias e uma água do mar cristalina. As acomodações vão de 150 a 450 m², cada uma com praia particular, deque, piscina e área externa. A operação é sustentável e a estética mistura unidades modernas com artesanato local. Privacidade é palavra de ordem, assim como refúgio.
Além da ilha, expedições são oferecidas no arquipélago, além de experiências gastronômicas como refeições nas dunas. A piscina central de 25 metros é mais uma opção de relaxamento junto ao centro de bem-estar. A partir do Aeroporto de Vilankulo, é possível chegar ao hotel por embarcação ou helicóptero.
Paradero Todos Santos (México)
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1 de 3Piscina de borda infinita com vista para as paisagens desérticas é destaque do Paradero Todos Santos • Divulgação/Paradero
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2 de 3As mais de 30 acomodações incorporam elementos brutalistas e se misturam ao conceito “menos é mais” do hotel • Yoshihiro Koitani
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3 de 3Vista aérea da fazenda do Paradero Todos Santos, circundada pela arquitetura brutalista do hotel • Divulgação/Paradero
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No extremo sul de Baja California Sur, no México, a cerca de uma hora e meia de Cabo San Lucas, o Paradero Todos Santos se destaca em meio à paisagem desértica com sua construção brutalista. A apenas 200 metros das águas do Pacífico, o hotel opera com um luxo onde “menos é mais”, já que a pegada rústico-chique foca em experiências.
Os arredores são intocados e um dos pontos altos é a piscina de borda infinita que dá para as paisagens cenográficas. São mais de 30 suítes, algumas com terraços e redes, outras com banheiras ao ar livre. Mas atenção: os quartos não possuem televisão nem minibar, já que a ideia é oferecer um detox.
Yoga, meditação e caminhadas são atividades diárias. O spa é como um oásis; aulas de jardinagem e agricultura fazem parte das opções e o restaurante tem cozinha aberta com forno de barro, em que a alimentação é toda saudável. No fim do dia, um espaço para observação de estrelas coroa a noite. Vale destacar que o hotel não aceita crianças.
Six Senses Fort Barwara (Índia)
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1 de 2Six Senses Fort Barwara ocupa palácios e templos de uma antiga fortaleza indiana do século 14 • Divulgação/Six Senses
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2 de 2As 48 suítes incorporam elementos locais e toques contemporâneos cheios de requinte da rede Six Senses • Divulgação/Six Senses
Aberto no finalzinho de 2021, este resort fincou a bandeira de qualidade da Six Senses no Rajastão de forma majestosa. Isso porque ele ocupa uma fortaleza do século 14 que pertenceu a uma família real indiana. Após mais de uma década de conservação e remodelação, o Six Senses Fort Barwara abriu com 48 suítes, espalhadas entre dois palácios e dois templos dentro da fortaleza.
Com vistas para o lago e para o templo de Chauth ka Barwara Mandir, o resort fica a meia hora do Parque Nacional de Ranthambore, famoso por abrigar tigres e por realizar safáris. Seguindo a tradição da rede, o spa, que fica em um dos palácios, tem massagens personalizadas e tratamentos ayurvédicos, e o programa culinário colhe produtos locais da horta própria e de fazendeiros vizinhos.
A 2h30 de Jaipur, não é à toa que o hotel atrai aventureiros antenados, apaixonados por bem-estar e aqueles que procuram uma experiência fora da curva sem deixar o requinte de lado.
Belmond Le Manoir Aux Quat’Saisons (Inglaterra)
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1 de 3Jardins e fachada do hotel britânico Le Manoir aux Quat’Saisons, hotel de selo Belmond no interior da Inglaterra • Divulgação/Belmond
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2 de 3Uma das 32 suítes do hotel Le Manoir aux Quat’Saisons • Divulgação/Belmond
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3 de 3Jardins e estufa do hotel Le Manoir aux Quat’Saisons, que ainda possui restaurante duas estrelas Michelin e escola de culinária • Divulgação/Belmond
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Uma das melhores escolas de culinária da Inglaterra e um restaurante duas estrelas Michelin dividem espaço com um terceiro elemento: um hotel de 32 acomodações em Oxfordshire, a 50 quilômetros do aeroporto de Heathrow. A partir dos esforços do chef francês Raymond Blanc nasceu o Belmond Le Manoir Aux Quat’Saisons, hotel-restaurante rodeado por gramados, canteiros de flores, pomares e cenários que parecem ter saído de um cartão-postal.
As hortas e os jardins não são meros detalhes: eles são os verdadeiros fornecedores de matérias-primas para o aclamado restaurante, que foca em menus supersazonais e em produtos orgânicos fresquíssimos. O conceito “do jardim para a mesa” é levado tão a sério que resultou ainda em uma estrela verde do Guia Michelin.
Piscina e academia não existem na propriedade, já que o foco desta mansão inglesa do século 15 é outro. Tour pelos jardins e aulas de culinária estão no centro das experiências – há até jardim japonês com oferta de chás, pequenos lagos que datam do século 16 e até uma igrejinha com elementos do século 11. Toda essa atmosfera combinada com os grandes quartos cheios de detalhes renderam ao hotel a respeitada distinção de três chaves Michelin na seleção do guia do Reino Unido.
Our Habitas AlUla (Arábia Saudita)
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No noroeste da Arábia Saudita, AlUla é um dos destinos que compõem a minha lista de desejos para 2025. A menção se deve muito, inclusive, pelo Our Habitas AlUla, resort com 96 villas espalhadas pelo chão do deserto que fica cravado em meio a formações rochosas que parecem fora deste mundo. Desde que abriu as portas em 2021, a propriedade é figurinha carimbada em listas de hotéis mais impressionantes do mundo e frequentemente aparece nos feeds de viajantes antenados.
O resort fica no coração do Vale de Ashar, a uma curta distância do sítio arqueológico de Hegra, o primeiro Patrimônio da Humanidade pela Unesco da Arábia Saudita. Cada acomodação tem seu próprio deque, chuveiros externos e vistas pitorescas para os cânions ao redor. Obras de arte ao ar livre nutrem a alma do hotel e um leque de atividades é oferecida, como caminhadas, passeios de quadriciclo, vsitas a Hegra e ao centro histórico da cidade.
O spa tem tratamentos regionais e aulas de yoga; o restaurante principal serve pratos do Oriente Médio com toques internacionais e, não menos importante, a piscina central, de borda infinita, é uma das mais fotogênicas do mundo.
COMO Laucala Island (Fiji)
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1 de 3Piscina principal do resort COMO Laucala Island, em Fiji • Divulgação/COMO Hotels
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2 de 3Villas do COMO Laucala Island são como residências privadas, ultrapassando os centenas de metros quadrados • Divulgação/COMO Hotels
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3 de 3Vista aérea do resort COMO Laucala Island • Divulgação/COMO Hotels
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Praias paradisíacas, florestas verdejantes, bem-estar no foco e estadia com um toque de retiro. Tudo isso está incluso no COMO Laucala Island, resort de apenas 25 villas em uma localização pitoresca – e fotogênica – em Laucala, ilha que faz parte de uma sub-região chamada de Melanésia, no sudoeste do Oceano Pacífico.
As acomodações são como casas, ultrapassando os 800 m², dispostas em diferentes cenários: no topo de colinas, suspensas sobre a água ou em meio às árvores. Inspirada nos arredores, a arquitetura usa madeiras naturais e texturas orgânicas. O centro de bem-estar, com terapias calmantes, tem salas abertas para o verde e telhados de palmeiras.
Além de esportes aquáticos, as experiências abrangem pores do sol a bordo de um veleiro, passeios de barco até a ilha vizinha de Taveuni e cerimônias com uma bebida tradicional em uma aldeia. Uma pista de pouso própria do resort ajuda na missão de chegarmos até aqui, além de voos fretados saírem do Aeroporto Internacional de Nadi.
Hotel Terrestre (México)
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Situado entre as montanhas e o oceano em Puerto Escondido, em Oaxaca, o Hotel Terrestre leva design e sustentabilidade ao pé da letra, o que resulta em uma estadia completamente em sintonia com a natureza. A começar, o hotel é totalmente “off the grid”, em que usa energia 100% solar – quem se hospeda por lá, inclusive, é incentivado a sincronizar o dia com o ciclo do sol.
Ar-condicionado não há: a própria arquitetura foi moldada para viabilizar o fluxo natural de refrigeração. São 14 villas, cada uma com piscina privativa, banheiro externo e terraço com redes e área de estar. Em sintonia com a propriedade, todas têm paleta de cores e texturas terrosas. Completam as comodidades um restaurante ao ar livre com influências mexicanas e mediterrâneas, uma piscina circular e um spa hexagonal.
Destinada somente a adultos, a propriedade tem uma chave Michelin na seleção de hotéis do guia no México. Os arredores têm sítios arqueológicos e carregam a tradição do artesanato, assim como surf, observação de pássaros e caminhadas são atividades facilmente arranjadas.
Cuixmala (México)
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O que já foi um retiro privado de um magnata e político europeu é hoje um hotel cinco estrelas que abre as portas para hóspedes em uma reserva natural de mais de 12 mil hectares na costa pacífica do México. Com três praias particulares e isoladas, o Cuixmala esbanja cenários naturais, fauna e flora, sendo usado até para editoriais de moda.
São 43 acomodações distribuídas em três construções. Há as suítes da casa original, a Casa Cuixmala, quatro villas e ainda as chamadas casas e casitas em torno de uma grande piscina. Três restaurantes servem pratos com matérias-primas de fazendas do entorno.
Como se não bastasse, a enorme propriedade tem uma fazenda biodinâmica de mais de dois mil hectares, assim como possui cavalos e contabiliza 270 espécies de aves e até zebras selvagens soltas pela natureza – é possível até fazer um safári. Além das praias, o hotel foca em uma série de atividades de bem-estar que abraça terapia de sons, meditação, yoga e pilates.
Abadía Retuerta LeDomaine (Espanha)
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1 de 3Abadía Retuerta LeDomaine ocupa uma abadia do século 12 totalmente preservada e remodelada • Divulgação/Leading Hotels of the World
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2 de 3Hotel-vinícola conta com 30 acomodações contemporâneas em meio às centenas de hectares de vinhas • Divulgação/Leading Hotels of the World
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3 de 3Salão principal do restaurante Refectorio, com uma estrela Michelin • Divulgação/Leading Hotels of the World
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A menos de duas horas de carro de Madri, a Abadía Retuerta LeDomaine está entre as 10 melhores vinícolas do mundo. Mas não para por aí: a alma do local reside na abadia românica do século 12, totalmente preservada e restaurada para abrigar um hotel contemporâneo de apenas 30 acomodações.
Rodeado por um mar de vinhas, o hotel mexe com a cabeça de entusiastas do vinho e da hotelaria por unir alta gastronomia, arte, serviço de primeira, história e, claro, vinhos entre os melhores da Espanha. Entre os destaques está ainda o Refectorio, restaurante com uma estrela Michelin que serve menus degustação harmonizados com os rótulos mais cobiçados da vinícola.
Há ainda um spa de luxo em uma zona subterrânea, com água extraída de um poço de 120 metros de profundidade, assim como podem ser organizadas excursões às vinhas, à adegas vizinhas e pelas vilas dos arredores. Não à toa, a propriedade carrega a distinção máxima da seleção de hotéis do Guia Michelin no país.
CIRQA (Peru)
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O CIRQA chama a cidade de Arequipa, a segunda maior do Peru, de lar. O centro histórico é um Patrimônio Mundial pela Unesco e é aqui que o hotel recebe viajantes em suas 11 acomodações. Hoje parte do portfólio Relais & Châteaux, o hotel ocupa um antigo mosteiro de 1540, data de fundação da cidade, e combina arquitetura original de rocha vulcânica com instalações modernas e ecléticas.
Os quartos ficam em torno do terraço principal e do pátio, cada um homenageando antigos aposentos, sendo que alguns até conservam tetos abobadados. O pátio tem uma piscina aquecida e o rooftop, com vista para o centro e para vulcões, acomoda um restaurante de sabores locais e sazonais inspirado pelas antigas “picanterías” de Arequipa.
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